Oralidade em Língua Portuguesa: uma Experiência Empírica em Timor-Leste

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53930/348521

Palavras-chave:

Oralidade, Memorização, Ensino de Adultos, Teorias de Aprendizado e Aquisição de Línguas

Resumo

Este artigo documenta uma pesquisa empírica realizada em 2004 em Aileu, mais especificamente no projeto Quinta Portugal da Cooperação Portuguesa. Tratase de um curso de língua portuguesa oral para trabalhadores rurais analfabetos. O curso tinha o objetivo instrumental de comunicação entre cooperantes portugueses e funcionários e formandos timorenses durante o tempo de trabalho de cultivo na Quinta. A escolha do conteúdo útil para tal comunicação, a definição de abordagem metodológica e a sua aplicação foi uma importante experiência de testagem de teorias de aprendizado e aquisição de L2 e ensino de adultos não escolarizados de teóricos de referência como Freire (2011) e Kraschen (1981, 1985). Concluímos que o ambiente informal da Quinta, a abordagem natural de Kraschen e a definição de palavras geradoras de Freire colaboraram significativamente para que os alunos superassem barreiras psicológicas em relação ao aprendizado e à língua portuguesa e melhoraram a comunicação no projeto. 

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Biografia Autor

Karin Noemi Rühle Indart, Universidade Nacional Timor Lorosa'e (Timor-Leste)

Doutora em Sociologia da Educação. Professora convidada do Programa de Pós-graduação e Pesquisa da Universidade Nacional Timor Lorosa'e.

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Publicado

2021-11-17

Como Citar

Rühle Indart, K. N. (2021). Oralidade em Língua Portuguesa: uma Experiência Empírica em Timor-Leste. Diálogos, 6, 151–167. https://doi.org/10.53930/348521