O Fisicalismo de Smart e a Questão da Redutibilidade da Consciência à Matéria

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.4.63

Palavras-chave:

Fisicalismo, Teoria da Identidade, Consciência, Problema mentecérebro, Smart

Resumo

O presente artigo pretende mostrar, por um lado, o desenvolvimento da Teoria da Identidade de J. J. C. Smart e, por outro, identificar como a referida proposta delineia a relação entre processos mentais e cerebrais. A associação entre tal teoria e o desenvolvimento da inteligência artificial, bem como suas possíveis implicações para o pensamento filosófico e psicológico, também serão objeto de análise no decorrer do trabalho. Além disso, pretendemos recolocar o problema mente-cérebro a partir da Teoria da Identidade perscrutando as críticas que poderiam ser realizadas à psicologia contemporânea ou, na melhor das hipóteses, contra o reducionismo operado pelas teorias materialistas em filosofia da mente e ciências cognitivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Léo Peruzzo Júnior, Pontifícia Universidade Católica do Paraná: (Brasil)

Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, da FAE Centro Universitário e do Instituto de Ensino Superior – FAVI.

Amanda Luiza Stroparo, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Brasil)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Referências

Araújo, A. (2010). Qualia e Umwelt. Revista de Filosofia Aurora, v. 22, n. 30, pp. 41-68. https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2215

Armstrong, D. M. (1968a). The headless woman illusion and the defence of materialism. Analysis, v. 29, n. 2, pp. 48-49. https://doi.org/10.1093/analys/29.2.48

Armstrong, D. M. (1968b). A materialist theory of the mind. Routledge & Kegan Paul: London.

Armstrong, D. M. (1981). The nature of mind. The Harvester Press Limited: Brighton. https://doi.org/10.1038/291561a0

Beck, F., & Eccles, J. C. (1992). Quantum aspects of brain activity and the role of consciousness. Proc Natl Acad Sci USA, v. 89, pp. 11357-11361. https://doi.org/10.1073/pnas.89.23.11357

Carter, M. (2007). Minds and computers: an introduction to the philosophy of artificial intelligence. Edinburgh: Edinburgh University Press. https://doi.org/10.1515/9780748629305

Chalmers, D. J. (1996). The conscious mind: in search of a fundamental theory. New York: Oxford University Press.

Crane, T. (2003). The mechanical mind: a philosophical introduction to minds, machines and mental representation. London: Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203426319

Eccles, J. C. (1991). Evolution of the Brain: Creation of the Self. New York: Routledge.

Feigl, H. (1958). The "Mental" and the "Physical": The Essay and a Postscript. Minneapolis: University of Minnesota Press.

Gomes, A. M. (2011). Relações entre Teoria da Identidade e Funcionalismo na Filosofia da Mente. 123 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade de São Paulo.

Gonzales, M. E. Q., Broens, M. C., & Moraes, J. A. (2010). A virada informacional na Filosofia: alguma novidade no estudo da Mente? Revista de Filosofia Aurora, v. 22, n. 30, pp. 137-151. https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2230

Kowalczuk, Z., & Czubenko, M. (2018). An intelligent decision-making system for autonomous units based on the mind model. 23rd International Conference on Methods & Models in Automation and Robotics (MMAR), Międzyzdroje, Poland. https://doi.org/10.1109/MMAR.2018.8486009

Kripke, S. (1980). Naming and Necessity. Oxford: Basil Blackwell.

Leclerc, A. (2010). Mente e "mente". Revista de Filosofia Aurora, v. 22, n. 30, pp. 13-26. https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2203

Lee, J. (2014). Brain-computer interfaces and dualism: a problem of brain, mind, and body. AI and Society, v. 31, n. 1, pp. 29-40. https://doi.org/10.1007/s00146-014-0545-8

Matthews, E. (2005). Mind: Key concepts in philosophy. New York: Continuum.

Milkowski, M. (2018). Objectios to Computationalism. A Short Survey. Roczniki Filozoficzne - Special Edition: Philosophy and Cognitive Science, v. 66, n. 3, pp. 57-76. https://doi.org/10.18290/rf.2018.66.3-3

Nagel, T. (1974). What is it like to be a bat? The Philosophical Review, v. 83, n. 4, pp. 435-450. https://doi.org/10.2307/2183914

Peruzzo Júnior, L. (2017). O que pensam os filósofos contemporâneos? Um diálogo com Singer, Dennett, Searle, Putnam e Bauman. Curitiba: PUCPRess. https://doi.org/10.7213/9788568324592

Pessoa Jr., O. (2010). Reducionismo e o experimento mental da duplicação humana. Revista de Filosofia Aurora, v. 22, n. 30, pp. 69-81. https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2218

Place, U. T. (2002). Is consciouciousness a brain process? In: W. Lyon (Org.). Modern philosophy of mind. London: Ed. Everyman.

Popper, K. R., & Eccles, J. C. (1977). The Self and Its Brain. New York: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-642-61891-8

Popper, K. R., Lindahl, B. I., & Arhem, P. (1993). A discussion of the mind-brain problem. Theoretical Medicine, v. 14, n. 2, pp. 167-180. https://doi.org/10.1007/BF00997274

Ryle, G. (1931). Systematically Misleading Expressions. Proceedings of the Aristotelian Society, v. 32, pp. 139-170. https://doi.org/10.1093/aristotelian/32.1.139

Ryle, G. (1951). The Concept of Mind. Hutchinson House: London.

Ryle, G. (2009). Collected Papers - Vol. 1: Critical Essays. New York: Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203875322

Sandberg, A. (2013). Feasibility of Whole Brain Emulation. In: V. C. Müller (Ed.), Philosophy and theory of artificial intelligence, Sapere 5. New York: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-642-31674-6_19

Searle, J. R. (1984). Mind, brains and science. Cambridge: Harvard University Press.

Searle, J. R. (1992). The Rediscovery of the Mind. Cambridge: The MIT Press. https://doi.org/10.7551/mitpress/5834.001.0001

Smart, J. J. C. (1959a). Sensations and brain processes. The Philosophical Review, v. 68, n. 2, pp. 141-156. https://doi.org/10.2307/2182164

Smart, J. J. C. (1959b). Professor Ziff on robots. Analysis, v. 19, pp. 117-118. https://doi.org/10.1093/analys/19.5.117

Smart, J. J. C. (1961). Further remarks on sensations and brain processes. The Philosophical Review, v. 70, n. 3, pp. 406-407. https://doi.org/10.2307/2183384

Smart, J. J. C. (1963). Materialism. The Journal of Philosophy, v. 60, n. 22, pp. 651-662. https://doi.org/10.2307/2023512

Smart, J. J. C. (1978). The content of physicalism. The Philosophical Quarterly, v. 28, n. 113, pp. 339-341. https://doi.org/10.2307/2219085

Smart, J. J. C. (1981). Physicalism and Emergence. Neuroscience, v. 6, pp. 109-113. https://doi.org/10.1016/0306-4522(81)90049-X

Smart, J. J. C. (1991). Nosso lugar no universo: uma questão de espaço-tempo. São Paulo: Siciliano.

Smart, J. J. C. (2000). The Mind/Brain Identity Theory. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy. Disponível em: <https://plato.stanford.edu/entries/mind-identity/>. Acesso em: 23 mai. 2019.

Smart, J. J. C. (2004). Consciousness and awareness. Journal of Consciousness Studies, v. 11, n. 2, pp. 41-50.

Turing, A. M. (1950). Computing machinery and intelligence. Mind, v. 59, n. 236, pp. 433-460. https://doi.org/10.1093/mind/LIX.236.433

Publicado

2019-11-17

Como Citar

Peruzzo Júnior, L., & Luiza Stroparo, A. (2019). O Fisicalismo de Smart e a Questão da Redutibilidade da Consciência à Matéria. Diálogos, 4, 31–52. https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.4.63