Significação, Significado e Sentido: o Evento Vocacional tem uma Aparência de Cristal
DOI:
https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.4.73Palavras-chave:
Sentido, Significado, Psicologia vocacional, FenomenologiaResumo
Tendo como referência a “Logique du sens” de Gilles Deleuze, propomos uma apreciação dos conceitos de significação, significado e sentido que levem a uma compreensão mais aprofundada de alguns construtos-chave da Psicologia Vocacional, com implicações para a as práticas de consulta psicológica vocacional. O objetivo é o de resgatar o conceito de sentido de uma certa inespecificidade que prevalece no corpus teórico da Psicologia em geral, e da Psicologia Vocacional em particular. Em primeiro lugar, enfatizamos a tradição de pesquisa e prática em consulta psicológica vocacional e mergulhamos na caracterização, dentro de uma teoria do vocacional, desses construtos. Em seguida, propomos uma maneira de observar esses conceitos enquanto fenómenos e acontecimentos para o desenvolvimento vocacional. A nossa intenção foi a de colocar o questionamento fenomenológico no centro das práticas psicológicas e conduzir a uma reflexão em torno da linguagem que vá além de uma compreensão puramente sintomática e empírica, uma reflexão que apreenda o seu colapso na casuística das narrativas.
Downloads
Referências
Bárcena, O. F. (2004). El delirio de las palavras : ensayo para uma poética del comienzo. Barcelona: Heder Editorial.
Berbérova, N. (2007). O cabo das tormentas. Lisboa: Sudoeste Editora.
Bohoslavsky, R. (1993). Orientação vocacional: a estratégia clínica. São Paulo: Martins Fontes.
Brofenbrenner, U. (1977). Toward an experimental ecology of human development. American Psychologist, Washington, DC: American Psychological Association, 32, pp. 513-531. https://doi.org/10.1037/0003-066X.32.7.513
Brofenbrenner, U. (1989). Ecological systems theory. Annals of Child Development, Greenwich, CT, JAI Press, 6, pp. 187-249.
Brown, D. (2002). Introduction to theories of career development and choice: Origins, evolution, and current efforts. In D. Brown (Ed.), Career choice and development, 4th ed., pp. 3-23. San Francisco, CA: John Wiley & Sons.
Bruner, J. S. (1990). Acts of meaning. Cambridge, MA: Harvard University Press.
Campos, B., & Coimbra, J. (1991). Consulta psicológica e exploração do investimento vocacional. Cadernos de Consulta Psicológica, 7, pp. 11-19.
Cochran, L. (1997). Career counseling: A narrative approach. Thousand Oaks, CA: Sage Publications. https://doi.org/10.4135/9781452204918
Deleuze, G. (1969). Logique du sens. Paris : Minuit.
Deleuze, G. (1983). L'image-mouvement. Cinéma 1. Paris: Minuit.
Derrida, J. (2001). Une certaine possibilité impossible de dire l'événement. In Nous, A., Soussana, G. e Derrida, J. Dire l'événement, est-ce possible? Séminaire de Montréal, pour Jacques Derrida, « Esthétiques ». Paris : L' Harmattan.
Erikson, E. H. (1968). Identity, youth, and crisis. New York: Norton.
Ferretti, F., Chiera, A., Nicchiarelli, S., Adornetti, I., Magni, R., Vicari, S., et al. (2018). The development of episodic future thinking in middle childhood. Cogn. Process. 19, pp. 87-94. doi: 10.1007/s10339-017-0842-5 https://doi.org/10.1007/s10339-017-0842-5
Foucault, M. (2001). Dits et écrits I, 1954-1975. Paris: Gallimard.
Guattari, F. (2000). The Three Ecologies, I. Pindar & P. Sutton (trans.). London: Athlone.
Garfinkel, H. (1967). Studies in Ethnomethodology. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
Gergen, K. J., & Gergen, M. M. (1988). Narrative and self as relationship. In L. Berkowitz (Ed.), Advance in experimental social psychology. vol. 21. San Diego: Academic Press. https://doi.org/10.1016/S0065-2601(08)60223-3
Gergen, K. J. (1991). The Saturated Self: Dilemmas of Identity in Contemporary Life. New York: Basic Books.
Gergen, K. J. (2009). Relational Being: Beyond Self and Community. Oxford & New York: Oxford University Press.
Gonçalves, O. F. (1994). Cognitive narrative psychotherapeutic: The hermeneutic construction of alternative meanings. Journal of Cognitive Psychotherapy: An International Quarterly, 8, pp. 105-125.
Guidano, V. F. (1991). The self in process. New York: Guilford.
Husserl, E. (1913). Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie: Buch 1. Tübingen: Max Niemeyer.
Kant, I. (1989). Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Laband, D., & Lentz, B. (1983). Like Father, Like Son: Toward an Economic Theory of Occupational Following. Southern Economic Journal, 50(2), 474. https://doi.org/10.2307/1058220
Lent, R. W., Brown, S. D., & Hackett, G. (1994). Toward a unifying social cognitive theory of career and academic interest, choice, and performance. Journal of Vocational Behavior, 45, pp. 79-122.
Lent, R. W., Brown, S. D., & Hackett, G. (1996). Career development from a social cognitive perspective. In D. Brown, & L. Brooks (Eds.), Career choice and development, pp. 373-421. San Francisco, CA: Jossey-Bass Inc.
Mahoney, M. (1998). Processos humanos de mudança: As bases científicas da psicoterapia. Porto Alegre: ArtMed (publicado originalmente em 1991).
Mahoney, M. (2003). Constructive Psychotherapy. New York: Guildford.
McAdams, D. P. (1996). Personality, modernity, and the storied self: A contemporary framework for studying persons. Psychological Inquiry, 7, 4, pp. 295-321.
McLean, K. C., & Thorne, A. (2003). Adolescents’ self-defining memories about relationships. Developmental Psychology, 39, pp. 635-645.
Neimeyer, R. A., & Levitt, H. (2001). Coping and coherence: A narrative perspective on resilience. In R. Snyder (Ed.), Coping with stress, pp. 47-67. New York: Oxford University Press.
Nuttin, J., & Lens, W. (1985). Future time perspective and motivation: Theory and research method. Louvain: Presses Universitaires de Louvain.
Oren, L., Caduri, A., & Tziner, A. (2013). Intergenerational occupational transmission: Do offspring walk in the footsteps of mom or dad, or both? Journal of Vocational Behavior 83(3), pp. 551-560.
https://doi.org/10.1016/j.jvb.2013.08.003
Pals, J. L., & McAdams, D. P. (2004). The transformed self: A narrative understanding of posttraumatic growth. Psychological Inquiry, 15, pp. 65-69.
Park, C., & George, L. (2016). Meaning in Life as Comprehension, Purpose, and Mattering: Toward Integration and New Research Questions. Review of General Psychology, 20(3). https://doi.org/10.1037/gpr0000077
Savickas, M. L., Silling, S. M., & Schwartz, S. (1984). Time perspective in career maturity and decision making. Journal of Vocational Behavior, 25, pp. 258-269.
Savickas, M. L. (2005). The theory and practice of career construction. In S. D. Brown, & W. L. Lent (Eds.) Career development and counseling: Putting theory and research to work, pp. 42-70. New York: John Wiley.
Serres, M. (1967). La communication – Hermes I. Paris: Minuit. [A comunicação. Porto: Rés Editora, s/d].
Shotter, J. (1984). Social accountability and selfhood. Oxford: Blackwell.
Shotter, J. (2011). Gergen, confluence, and his turbulent, relational ontology: the constitution of our forms of life within ceaseless, unrepeatable, intermingling movements. Psychological Studies, 57, pp. 134-141.
Thompson, T. (2010). The ape that captured time: folklore, narrative, and the human-animal divide. West. Folklore 69, pp. 395-420.
Thorne, A., McLean, K. C., & Lawrence, A. (2004). When remembering is not enough: Reflecting on self-defining events in late adolescence. Journal of Personality, 72, pp. 513-542.
Vondracek, F. W., Lerner, R. M. & Schulenberg, J. E. (1986). Career development: a life-span developmental approach. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
White, M. & Epston, D. (1990). Narrative means to therapeutic ends. New York: W.W. Norton.
Zimbardo, P. & Boyd, J. (2008). The Time Paradox: The New Psychology of Time That Will Change Your Life. New York: Free Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2019 Ana Mouta
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite que outros compartilhem o trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada do trabalho da revista (por exemplo, postá-lo em um repositório institucional ou publicá-lo em um livro), com um reconhecimento de sua publicação inicial em este jornal.
- Autores são autorizados e incentivados a postar seus trabalhos online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em seu site) antes e durante o processo de submissão, pois isso pode levar a trocas produtivas, bem como citações mais precoces e maiores de trabalhos publicados.