As Fronteiras da Escrita de Si no Cinema de Mulheres: uma análise do filme Nobody (2023), de Marcela Jacobina
DOI:
https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.8.132Palavras-chave:
Cinema, Mulheres Cineastas, Análise Fílmica, AutoficçãoResumo
A história da mulher na arte é pautada pela sua invisibilização e do apagamento da posição do feminino enquanto poder criador, de forma que o lugar fornecido e oferecido recai sob o véu das musas – este, quando é sequer considerado. De forma consequente, negar espaços de criação e representação levam à evidente anulação da mulher. Nas últimas décadas, tem sido examinado o dito olhar feminino, muitas vezes equivocadamente generalizado. Dessa forma, encontra-se a necessidade, ainda latente, de discutir a representação da mulher no cinema, e o que seria propriamente a cinematografia de mulheres. Assim, discutir a autorrepresentação na criação cinematográfica acaba por ser uma perspectiva fundamental ao permitir a investigação das possibilidades de reconfiguração identitária feminina, ao mesmo tempo dissertando sobre os seus decorrentes processos criativos singulares imbuídos de poder. Sendo assim, e a partir das possibilidades estéticas e poéticas da cinematografia de mulheres e da escrita de si, esta pesquisa tem como objetivo principal apresentar uma análise do filme Nobody (2023), de Marcela Jacobina. O exercício da autoficção por meio da abordagem da diretora e atriz traz um olhar diferenciado para as possibilidades de representação da mulher no cinema. Investigação desenvolvida no âmbito do projeto "Speculum - Filmar-se e ver-se ao espelho: o uso da escrita de si por documentaristas da língua portuguesa" (FCT: EXPL/ART-CRT/0231/2021).
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Referências
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