Herberto Helder e a Paixão Dionisíaca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.8.133

Palavras-chave:

Friedrich Nietzsche, Herberto Helder, O nascimento da tragédia, Dioniso, Niilismo

Resumo

“O que é o dionisíaco?”, interroga Nietzsche em O nascimento da tragédia. O que é, e se é possível, “morrer gregamente”, indaga Herberto Helder, no seu poema “Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios”, em A faca não corta o fogo. O presente ensaio tem, assim, o objetivo de relacionar estas duas questões, dando conta das feições dionisíacas de Helder, a partir da leitura do poema. De que modo o poeta transmuda os seus pés em cascos de sátiro e se torna um iniciado dionisíaco? Parece que o segredo dessa metamorfose reside na paixão. Mas “que paixão?”, pergunta ainda o poeta. Considerando que o dionisíaco passa por aceitar com paixão a vida e o absurdo da existência, arriscarei, então, que a possibilidade de morrer gregamente passa por viver gregamente e que a paixão necessária para tal encontra-se em Dioniso, enquanto símbolo e princípio filosófico.

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Biografia Autor

Sérgio das Neves, Universidade Nova de Lisboa (Portugal)

Doutorando de Estudos Portugueses, da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, com bolsa FCT, desenvolve o projecto de investigação sobre alquimia e metáfora nas poéticas de Herberto Helder e Yvette Centeno.

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Publicado

2023-11-17

Como Citar

das Neves, S. (2023). Herberto Helder e a Paixão Dionisíaca. Diálogos, 8, 119–137. https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.8.133