As Narrativas de Ataúro: o que diz a Tradição Oral sobre a História de uma Ilha
DOI:
https://doi.org/10.53930/348523Palavras-chave:
Ataúro, Território, Ilha, Narrativas, Mitos, Ocupações antigas, Recursos hídricos, Borassus flabelliferResumo
O território da ilha de Ataúro, em Timor Leste, tem sido objecto de conflitos internos entre os três grupos dialetais que compõem a população, revelando as difíceis condições de vida numa ilha com recursos hídricos limitados. As narrativas sobre o lugares fornecidas pelos habitantes permitem-nos compreender as representações do espaço da ilha e formular algumas hipóteses sobre o seu assentamento. O artigo explora a mitologia do nascimento da ilha, a oposição criativa dos irmãos mais velhos e mais novos, e menciona outras povoações aniquiladas ou conquistadas, todas encarnadas na paisagem que suporta as narrativas. Estas histórias revelam a alternância da unidade insular e da singularidade, a volubilidade das antigas alianças e a centralidade dos ilhéus na sua ilha, um microcosmo do mundo.
Downloads
Referências
Barraud, C. (2015). Parenté, alliance, maisons dans l’Est insulindien: l’école néerlandaise et sa postérité critique. Archipel 90, pp. 217-244. https://doi.org/10.4000/archipel.377
Bourke, R. M. (2009). The history of agriculture in Papua New Guinea. In R. M. Bourke, & T. Harwood (Eds.), Food and agriculture in Papua New Guinea. Canberra ANU Press. https://doi.org/10.22459/FAPNG.08.2009
Clark, M., & May, S. K. (2013). Understanding the Macassans: A Regional Approach. In M. Clark, & S. K. May (Eds.), Macassan History and Heritage; Journeys, Encounters and Influences. ANU Press, Canberra: 1-19. https://www.jstor.org/stable/j.ctt3fgjzc.3 https://doi.org/10.22459/MHH.06.2013.01
Ely, K. S. (2009). Geochronology of Timor-Leste and seism-tectonics of the southern Banda Arc. PhD thesis, Science - Earth Sciences, The University of Melbourne. https://minerva-access.unimelb.edu.au/bitstream/handle/11343/35296/252610_Atauro_09A3.pdf?sequence=3
Fox, J. J. (1977). Harvest of the Palm, Ecological Change in Eastern Indonesia. Cambridge/London: Harvard University Press. https://doi.org/10.4159/harvard.9780674331884
Friedberg, C. (1979). James J. Fox, Harvest of the Palm, Ecological Change in Eastern Indonesia. Archipel 17, pp. 202-207.
Galipaud, J. C. (2015). Réseaux néolithiques, nomades marins et marchands dans les petites îles de la Sonde. Archipel 90, pp. 49-74. https://doi.org/10.4000/archipel.367
Galipaud J. C., Guillaud D., & Kinaston R. (2016). Aleti Tunu Bibi: Contextualizing a New Rock Art Site in East Timor and the Wider Asia-Pacific Region. Asian Perspectives, Vol. 55, pp. 128-147. https://doi.org/10.1353/asi.2016.0016
Guillaud, D. (2015). Le vivrier et le sacré. Systèmes agricoles, rituels et territoires dans l’Est indonésien et à Timor-Leste. Archipel 90, pp. 245-274. https://doi.org/10.4000/archipel.379
Guillaud, D., Emperaire, L., & Bustamante, P. (2013). Heritage, Agro-Biodiversity and the Local Populations: Some Examples from the Use of Palm-Trees in East Timor. In H. Loney et al. (Eds.), Understanding Timor-Leste 2013, vol. II. Dili: TLSA, pp. 183-189.
Leite de Magalhães, A. (1916). A Ilha de Atauro. Noticia sobre a ilha e seus habitantes, seguida de vocabulário. Macau: Mercantil de N. T. Fernandes et Filhos, pp. 1-39.
Schapper, A. (2015). Wallacea, a Linguistic Area. Archipel 90, pp. 99-151. https://doi.org/10.4000/archipel.371
Vischer, M. P. (2006). Precedence Among the Domains of the Three Hearth Stones: Contestation of an order of precedence in the Ko'a ceremonial cycle (Palu'é Island, Eastern Indonesia). In J. J. Fox, & C. Sather (Eds.), Origins, Ancestry and Alliance; Explorations in Austronesian Ethnography. Canberra: ANU Press. https://doi.org/10.22459/OAA.10.2006.09
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Dominique Guillaud
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite que outros compartilhem o trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada do trabalho da revista (por exemplo, postá-lo em um repositório institucional ou publicá-lo em um livro), com um reconhecimento de sua publicação inicial em este jornal.
- Autores são autorizados e incentivados a postar seus trabalhos online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em seu site) antes e durante o processo de submissão, pois isso pode levar a trocas produtivas, bem como citações mais precoces e maiores de trabalhos publicados.
