A Civilização deve ser Construída no Presente, no qual a Humanidade se Afirma
DOI:
https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.4.66Palavras-chave:
Modernidade, Crise, Progresso, Futuro, PresenteResumo
Este artigo traz uma reflexão sobre a crise pela qual passam as chamadas humanidades. Compreende esta crise, entre outras possíveis causas, como resultado do fracasso do projeto filosófico (e científico) da modernidade. Reconhece como fracasso o esgotamento das expectativas forjadas por princípios e teses estabelecidas neste período. Entre elas, a de uma razão suficiente e autorreguladora. Razão concebida como universal e comum a todos os homens, responsável pelo esclarecimento e pela condução da civilização a objetivos promissores futuros, ao progresso civilizatório da humanidade. Criticando ilusões futuristas como estas, o presente artigo reflete sobre a possibilidade de superação desta crise por meio de novos princípios e teses construídas sob novas expectativas que tenham no presente e na contingência seu regime de temporalidade a embasar um renovado projeto de homem e de humanidade. Para isso recorrerei a parte da história do evolucionismo, especialmente a Darwin, seguindo a leitura que Canguilhem lhe dedicou e sua crítica ao darwinismo conservador.
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