Deveres e Direitos: do passado de obrigatoriedade para o futuro de promoção da língua portuguesa no sistema de educação timorense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.7.40

Palavras-chave:

Direitos e Deveres do Estado, língua portuguesa, sistema de educação em Timor-Leste

Resumo

Ao longo dos 20 anos de independência de Timor-Leste e o seu estabelecimento como Estado a língua portuguesa é ora apresentada como um fator crucial para um sistema de educação de qualidade e ora como o que impede o desenvolvimento do mesmo sistema. No meio do fogo cruzado das políticas linguísticas do Ministério de Educação estão os professores que absorveram o discurso da obrigatoriedade da língua por meio da legislação. Mas e se esses mesmo professores passarem a ver a língua portuguesa como um direito que o Estado lhes deve, seria o futuro do sistema de educação diferente? Esse artigo se utiliza de conceitos dos direitos e deveres em um Estado democrático para discutir essa questão.

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Biografia Autor

Karin Noemi Rühle Indart, Universidade Nacional Timor Lorosa'e (Timor-Leste)

Doutora em Sociologia da Educação. Professora convidada do Programa de Pós-graduação e Pesquisa da Universidade Nacional Timor Lorosa'e.

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Publicado

2022-11-17

Como Citar

Rühle Indart, K. N. (2022). Deveres e Direitos: do passado de obrigatoriedade para o futuro de promoção da língua portuguesa no sistema de educação timorense. Diálogos, 7, 87–104. https://doi.org/10.53930/27892182.dialogos.7.40